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Nova York aprovou, no final de março, a cobrança de taxa para automóveis trafegarem no centro de Manhattan. O objetivo do imposto é diminuir a entrada de carros e consequentemente os congestionamentos em áreas de muito movimento, melhorar a qualidade do ar e estimular o uso do transporte público.
A expectativa é que cerca de cem mil veículos deixem de circular na área central da cidade, que responde pelo trânsito mais congestionado dos Estados Unidos. Além disso, a medida deve resultar na arrecadação de cerca de 1 bilhão de dólares em fundos para a melhoria do sistema de mobilidade urbana da cidade.
O conselho da Autoridade Metropolitana de Transportes, estatal do governo estadual que planeja e opera o transporte público e o tráfego pelas rodovias da região, votou pela cobrança de 15 dólares (75 reais) para carros de passeio que ingressarem no Centro Comercial de Manhattan, abaixo da Rua 61, por onde circulam 700 mil veículos diariamente. De segunda a sexta-feira, a taxa irá vigorar das 5h às 21h; nos finais de semana, será das 9h às 21h. Fora dos horários, a taxa desce para 3,75 dólares (R$ 19,00).
Caminhões também serão taxados (24 dólares os pequenos e 36 os grandes). O valor para motocicletas será 7,5 dólares. Táxis e carros de aplicativos deverão pagar 1,25 e 2,50 dólares por corrida, respectivamente. Ônibus escolares cadastrados na cidade, bem como os veículos de emergência e de moradores ficarão isentos da cobrança. Estão previstos descontos para famílias com ganhos máximos de 50 mil dólares anuais e para quem se utiliza de outros pedágios para chegar ao centro, como os que existem em pontes e túneis.
A medida atinge uma população estimada de 20 milhões de habitantes e deverá servir de modelo para o resto do país. A implantação se dará provavelmente em junho ou julho, após período de teste e campanha informativa, bem como a solução de pendências jurídicas, como a contestação de cidades vizinhas.
O pedágio urbano já é adotado em Singapura, Londres, Estocolmo, San Diego e Milão.
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