Fórum ITL debateu Agenda ESG como necessidade para o futuro do transporte

29/09/2023 3 min leitura

A terceira edição do Fórum ITL de Inovação do Transporte (FIT), realizado dia 28 de setembro, em Brasília, e transmitido on-line pelo canal da CNT (Confederação Nacional do Transporte) no Youtube, teve como foco o ESG, sigla que no inglês significa Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança). “O ESG é muito mais do que uma tendência; é uma necessidade premente para garantirmos um futuro melhor para todos nós”, afirmou Vander Costa, presidente do Sistema Transporte, que reúne a CNT, o ITL (Instituto de Transporte e Logística) e o Sest Senat.

O Fórum, cujo objetivo foi mostrar a importância de a agenda ambiental ESG se tornar uma macrorrealidade no setor de transporte, reuniu empresários, executivos e profissionais do segmento. Além de se atualizarem sobre questões ambientais, sociais e de governança, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer seis iniciativas estruturadas de sustentabilidade, que já rendem resultados relevantes para transportadoras que as adotaram na estratégia e na operação do dia a dia.

“Sabemos que o nosso setor desempenha um papel fundamental na proteção do meio ambiente. Por isso, devemos nos esforçar para adotarmos tecnologias mais limpas, reduzirmos as emissões de carbono e promovermos práticas de transporte sustentáveis. Cito, como exemplo, o Despoluir, maior programa de descarbonização do transporte do Brasil, que completou 16 anos. Faço referência a essa iniciativa do Sistema Transporte para mostrar que não é preciso inventarmos a roda para entregarmos cada vez mais resultados em benefício das empresas e das pessoas”, afirmou Vander Costa.

Presente ao evento, o diretor da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Felipe Queiroz, usou o gancho do programa Despoluir para, em relação ao eixo Ambiental, se referir ao Sistema Transporte como inovator, que é um conceito da Teoria da Inovação. “Esse programa nasceu em 2008, sete anos antes dos ODSs (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), estabelecidos pela ONU (Organização das Nações Unidas), muito antes do tema se tornar pauta”, afirmou. Segundo Queiroz, dada a importância do assunto, a Agência priorizou internamente a Agenda ESG, adotando-a como um instrumento de gestão “não apenas por acreditarmos em todos os valores, mas, também, por uma questão pragmática, para estarmos competitivos num mercado que, cada vez mais, terá esses requisitos como questões fundamentais para tomadas de decisão, no que diz respeito a investimentos e políticas públicas”, disse.

O subsecretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, Cloves Eduardo Benevides, também marcou presença no evento. Ao enaltecer a importância da construção coletiva em torno da Agenda ESG, ele compartilhou que “o debate coletivo tem pautado a atuação do ministro Renan Filho no enfrentamento aos desafios de infraestrutura e para acelerar as entregas, melhorar os resultados e estabelecer para o Brasil um futuro com uma infraestrutura adequada”. Segundo ele, ainda há uma curva de aprendizado muito longa. “Temos um atraso global que nos coloca em uma situação de urgência. A Agenda ESG é o grande legado que essa geração de líderes pode deixar para a sobrevivência do planeta”, finalizou.

A diretora executiva nacional do Sest Senat, Nicole Goulart, que falou sobre as iniciativas sustentáveis do Sistema Transporte, destacou a necessidade de as empresas imprimirem esforços com foco na experiência do cliente, na proteção de dados pessoais, no relacionamento com fornecedores, na diversidade das equipes, em códigos de conduta e no posicionamento nas redes sociais. “A sigla ESG é sinônimo de boas práticas que precisam ser perseguidas pelas empresas sob o olhar dos consumidores, que são cada vez mais exigentes”, disse.

Goulart citou alguns exemplos de responsabilidade socioambiental e de governança já adotadas pelas entidades do Sistema Transporte, como: energia fotovoltaica em 43 unidades do Sest Senat, o que evita mais de 21 mil toneladas de emissão de gases poluentes por ano; participação em fóruns internacionais ambientais; várias publicações técnicas da CNT, como a Série Energia no Transporte; vagas inclusivas e equidade salarial entre homens e mulheres; projetos que fomentam a participação feminina no setor de transporte; criação do Núcleo e Comitê de ESG e da Política de Sustentabilidade; existência de uma área de compliance; além do Programa Nacional LGPD no Transporte, que ganhou o terceiro lugar do Prêmio Serpro de Privacidade e Proteção de Dados, na categoria Cases de Sucesso.

O Fórum ITL de Inovação do Transporte (https://forum.itl.org.br/) contou com patrocínio do Itaú e apoio institucional do Ibmec. Para assistir aos debates, que ficaram gravados no canal da CNT, acesse https://www.youtube.com/watch?v=9s7xaO5b0GY.

Foto: Agência CNT Transporte Atual

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