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Foi realizado, dia 13 de abril, na Associação Brasileira de Letras (ABL), o seminário Agendas para o Brasil – Caminhos da Renovação, promovido pela Insight Comunicação, em comemoração aos 25 anos da revista Insight Inteligência. O evento contou com o apoio da Semove, que foi representada pelo presidente-executivo, Armando Guerra Júnior, pelo vice-presidente de Relações Institucionais, Rodrigo Tortoriello, pela diretora de Mobilidade Urbana, Richele Cabral, e pela gerente de Comunicação Institucional, Verônica Abdalla.
A mesa de debates foi composta por personalidades importantes do cenário político e social brasileiros, como: o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; o ex-ministro do STF e da Justiça e da Defesa, Nelson Jobim; o ex-presidente da Fiocruz e coordenador da Estratégia Fiocruz para a Agenda 2030, Paulo Gadelha; a escritora e membro da ABL, Rosiska Darcy de Oliveira; o jornalista Pedro Doria, colunista do Globo e editor do Canal Meio; o economista Aloisio Araújo, professor da FGV EPGE e do Impa, e o editor da revista e cientista político, Christian Lynch.
Tendências estruturais
Silvio Almeida destacou que o Brasil tem sociedade, cultura e institucionalidade muito avessas à participação popular nos processos decisórios. “O Brasil é um pouquinho de democracia cercado de golpes por todos os lados”, afirmou. Ele elencou a democracia, a dependência econômica e o racismo como tendências estruturais que se manifestam de formas diferentes ao longo da trajetória do Brasil e são totalmente influenciadas pela conjuntura global. Segundo o ministro, a possibilidade de construir consensos dependerá de uma ampla rede de proteção social, de solidariedade e de capacidade e ação política voltada às pessoas que não podem se cuidar sozinhas.
Para Rosiska Darcy de Oliveira, a sociedade brasileira não é democrática. “Ela traz consigo marcas até então indeléveis de um passado doloroso e acabou por criar duas maiorias minorizadas, a mulher e os negros”. A escritora disse que é prioridade para a agenda do futuro do Brasil se reorganizar para acolher em igualdade de condições as mulheres com realidades diferentes, repensando a estrutura e as contas do Estado, a atuação das empresas e a própria organização das famílias. Rosiska defendeu ainda o fim da estrutura invisível, “herança da escravização multissecular que não inclui a população negra como detentora de direitos”.
“Dissenso coalizante”
Nelson Jobim ressaltou que, nos últimos dez anos, o Brasil vem experimentando um período de “disfuncionalidade”. Além de uma crise de representação, ressalta que há um movimento lateral de grande violência dentro da política, com o estímulo ao dissenso sem o compromisso de construir consenso. “Ao que parece, o amor não une ninguém. O ódio, sim. Ele produz um dissenso coalizante na internet que gera uma polarização radical”, afirmou. Jobim fez ainda uma crítica relacionada ao esvaziamento do debate parlamentar. “Não existe mais diálogo, confronto de ideias. O que existe hoje no Parlamento é uma demonstração para terceiros, na internet, da sua posição porque essa é a visibilidade que dá voto. O que se busca é produzir conflito que dá manchete de jornal”.
Pedro Doria destacou como os algoritmos interferem na liberdade de expressão e de imprensa. “A gente tem uma máquina (internet) que substituiu a imprensa na sociedade, trazendo os recortes dos debates públicos com o incentivo de criar o dissenso, de separar todo mundo em grupos de radicais, para evitar que conversas e consenso sejam criados”, disse. Para ele, o desafio da sociedade é utilizar a tecnologia de forma mais consciente, pois a estrutura atual, “uma máquina de produção de dissenso”, a longo prazo, destrói a democracia
Paulo Gadelha destacou a relevância do SUS e a importância de se avançar frente aos retrocessos dos últimos anos no campo da saúde pública e de recuperar o protagonismo do País e seu papel na agenda climática. Já Aloisio Araújo lembrou que a desigualdade de renda está, em grande parte, na raiz dos conflitos da democracia e da polarização.
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