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A empatia e o cuidado com o próximo foram os trajetos escolhidos por dois profissionais da empresa de ônibus Turp Transporte, nesta semana. Durante uma escala normal de trabalho, o auxiliar de tráfego Rodrigo Ferreira e o motorista Luís Baltar socorreram uma idosa, de 65 anos, no Terminal Itaipava. Em contato com a família, os colaboradores foram surpreendidos com a notícia de que a mulher estava desaparecida há dois dias, em Petrópolis.
O auxiliar de tráfego, que trabalha há cinco anos na empresa, percebeu uma movimentação incomum no local e, rapidamente, prestou assistência à idosa, que relatou sentir mal-estar. Sem conseguir um primeiro contato médico, o profissional buscou auxílio junto aos passageiros para tentar descobrir o endereço em que a mulher morava. “Comecei a perguntar se alguém a conhecia. Neste momento, uma pessoa chegou a dizer que já tinha visto a idosa no bairro Madame Machado. Foi aí que relatei o caso ao motorista da linha e começamos as buscas por conhecidos ou familiares”, contou Rodrigo Ferreira.
Luis Baltar, motorista da linha 704 (Madame Machado), iniciou o trajeto normal do ônibus, por volta das 21h30, na terça-feira de Carnaval. Ele contou com a ajuda de passageiros, que reconheceram a idosa e detalharam a possível localização de familiares. “O filho não estava no local indicado, mas uma conhecida dele, que também mora na região, relatou que a mulher estava sendo procurada há dois dias. A moradora do bairro entrou em contato com parentes da mulher e o resgate foi realizado minutos depois”, contou.
Muito preocupado, o filho da idosa já havia feito o registro de ocorrência na delegacia. Na ocasião, apenas documentos haviam sido encontrados, sem qualquer indício sobre o paradeiro da mãe, que passou por uma perda de memória. “Quando recebi a notícia de que os rodoviários a tinham encontrado, fui imediatamente ao Terminal Itaipava. Liberaram a minha entrada com carro particular no local e deram o suporte necessário. Deixo o meu muito obrigado aos profissionais”, disse.
Para os rodoviários, ficou a sensação de que quando cada um faz a sua parte tudo dá certo no final. “Ajudar nunca é demais. Em um mundo em que as pessoas se preocupam em tirar foto, filmar, pra depois socorrer, nós devemos mostrar que fazer o bem é sempre a primeira e a melhor alternativa”, disse Rodrigo. “Ficamos satisfeitos, sabendo que foi um dever cumprido”, concluiu Luís.
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