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A diretora de Mobilidade Urbana da Semove, Richele Cabral, participou como mediadora do painel “Modelos inovadores de negócio no Brasil”, realizado dia 7 de agosto, durante o Seminário Nacional NTU, em São Paulo (SP). Foram apresentados casos de sucesso de unificação dos objetos de contrato, como frota, bilhetagem, garagens, terminais e viário.
Participaram da mesa: Edmundo de Carvalho Pinheiro, diretor da HP Transportes Coletivos, de Goiânia (GO), e diretor da Urbi Mobilidade Urbana; Fabrizio Braga, da Next Mobilidade, empresa que opera linhas metropolitanas em São Paulo e o corredor de BRT ABC; Maurício Gulin, presidente da Viação Cidade Sorriso e do Sindicato das Empresas de Ônibus e Região Metropolitana (Setransp) de Curitiba; e Niege Chaves, vice-presidente do Grupo MobiBrasil, que atua na Região Metropolitana de Recife e na capital paulista.
Richele lembrou a importância da coletividade e consequentemente da priorização do transporte público, com investimentos em corredores de BRS e BRT, para que a sociedade, ao ganhar tempo em seus deslocamentos, possa desfrutar de uma melhor qualidade de vida. A diretora da Semove frisou que é preciso mudar a maneira de operar e atualizar os contratos entre o poder concedente e as operadoras. Ela também defendeu o subsídio ao transporte, destacando o aumento no número de cidades que passaram a adotar essa política, “para que o passageiro não seja o único responsável pelo custeio”.
Richele falou ainda sobre a necessidade de renovar as frotas, cuja idade média vem crescendo, e sobre a pressão pela descarbonização. “O financiamento não é o suficiente para uma renovação em massa. Cada vez mais, precisamos buscar a modernização dos contratos e a segurança jurídica. E finalizou com alguns questionamentos: “como fazer para manter os passageiros atuais e trazer outros para o setor? Qual o melhor modelo de negócio?”.
Fabrizio Braga falou sobre as operações do BRT ABC, que está sendo criado para ligar São Bernardo do Campo, Santo André, São Caetano, Tamanduateí e Sacomã a São Paulo, e contará com R$ 1,1 bilhão de investimentos iniciais. Já Maurício Gulin destacou os esforços da capital paranaense na descarbonização do transporte, visando atingir 100% de eletrificação até 2050. O BRT de Sorocaba, que conta com veículos modernos e sustentáveis, com reuso de água e frota menos poluente, foi o case apresentado por Niege Chaves.
Finalizando as apresentações, Edmundo de Carvalho Pinheiro compartilhou a evolução do sistema de transporte em Goiânia, onde o sistema BRT existe desde os anos 70, passando por melhorias e reformulações. O diretor também defendeu a unificação dos contratos. “Inicialmente concentrados junto aos operadores, desde 2008 assumimos integralmente as operações dos terminais e Centros de Controle Operacional (CCOs), bem como a manutenção do sistema de bilhetagem. A experiência mostrou que consolidar a responsabilidade conjunta com operadores e serviços públicos é fundamental, em contraste à fragmentação dos serviços”, afirmou.
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