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A Semove reuniu, dia 21 de março, na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, empresários do transporte coletivo por ônibus do estado do Rio de Janeiro, representantes dos sindicatos filiados e do poder público de vários municípios e do Estado, para o lançamento de seu guia de governança corporativa. O documento foi criado para disseminar os conceitos e valores adotados pela entidade desde o início de seu processo de reestruturação, há cinco anos. O objetivo é ajudar as empresas associadas a implementarem boas práticas de governança em suas operações diárias e nas relações com o poder público, de forma a atender às exigências e expectativas da sociedade.
Ao abrir o evento, Rodrigo Tortoriello, vice-presidente de relações institucionais da Semove, falou sobre a importância da reestruturação da entidade, da adoção de novas políticas de gestão, do papel dos colaboradores, da mudança da marca e do trabalho desenvolvido pelo grupo responsável pela elaboração do guia. “É preciso entender que a gente vive em um novo mundo e que é necessário mudar postura e atitudes. E esse processo de mudança e de avanço deve estar pautado pela ética, pelo respeito ao meio-ambiente, pela boa governança e pela responsabilidade social”, disse.
Programas de compliance
Líder do processo de reestruturação da Semove, o presidente-executivo, Armando Guerra Junior, destacou os avanços do setor e falou dos desafios para se alcançar o reconhecimento da sociedade. “A construção da governança vem ocorrendo ao longo dos anos e já temos no sistema empresas que possuem programas de compliance. Nós estamos, aqui, num esforço para que isso possa crescer e abranger a todas as empresas. Precisamos ser reconhecidos nesse sentido e esse tipo de evento é importante para a gente poder pontuar isso e mobilizar a sociedade para esse entendimento”.
O ponto alto do evento foi a palestra de um dos maiores especialistas em mobilidade urbana do País, Sergio Avelleda, que foi o consultor responsável pela elaboração do Guia de Governança da Semove. Avelleda falou sobre a história do transporte público por ônibus no Brasil e de como o crescimento desordenado das cidades e o atual modelo de financiamento do sistema afetaram a atividade. Ele ressaltou alguns dos aspectos positivos do transporte público, como: a democratização do acesso, o favorecimento da economia, a sustentabilidade, a segurança viária e o uso do espaço público. O palestrante abordou ainda a questão da tarifa zero e as consequências da covid-19 para o setor, destacando que a pandemia abriu os olhos do poder público para a necessidade de implementar políticas de subsídios.
Princípios de ESG
Avelleda explicou que a proposta de desenvolver um guia de governança veio com o objetivo de “ser uma referência, um farol, para as empresas de ônibus, como um espelho das referências da Semove”. Segundo o palestrante, é preciso redesenhar o negócio. “Não adianta mais apenas gerar lucro e pagar imposto. A sociedade exige responsabilidade ambiental, ações da coletividade e governança”, disse, citando os princípios de ESG. Entre as ações de responsabilidade corporativa defendidas pelo especialista para serem adotas pelas empresas, estão: política contínua de incremento de sustentabilidade em toda a cadeia de atividades, fomentando o mesmo junto aos fornecedores; ações comunitárias na região de influência de suas garagens, buscando promover inclusão social, melhoria urbanística, convivência e lazer; metas claras e precisas, divulgadas com transparência, para redução da sinistralidade de trânsito na operação dos ônibus; e o treinamento permanente para o desenvolvimento profissional dos colaboradores.
Sergio Avelleda foi enfático quanto à importância da transparência e da ética nas relações com o poder público e com a sociedade em geral. “Seguir uma política de transparência é obrigação de quem recebe recursos públicos. E o impacto não é só na reputação da empresa, acaba sendo concreto. O reequilíbrio dos contratos, por exemplo, só virá com transparência na operação”, disse. “Dar publicidade às demonstrações financeiras, aos custos operacionais e aos investimentos realizados é prática de boa governança e contribui para a melhoria da imagem do setor”, completou.
O evento de lançamento do Guia de Governança também foi realizado em Cabo Frio, dia 20 de março, para as empresas associadas ao Setransol (Sindicato das Empresas de Transporte da Costa do Sol e Região Serrana). Os dez sindicatos e as 184 empresas filiados à Semove receberão o documento, que deve servir de bússola rumo ao futuro do transporte no estado do Rio de Janeiro.
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