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Empresas de ônibus apontam vulnerabilidade e temem por novos prejuízos
Após a conclusão do primeiro laudo pericial, que apontou indícios de incêndio criminoso na garagem das empresas Petro Ita e Cascatinha, no último dia 9 de maio, o Sistema de Transporte Público por ônibus, em Petrópolis, segue aguardando e confiando nos desdobramentos das investigações, que vão apontar os culpados e a motivação do crime. As empresas de ônibus também destacam a vulnerabilidade do sistema e o receio de novos prejuízos.
O laudo feito pelo perito Alexandre Luís Belchior dos Santos, contratado pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), destaca a existência de “indícios que apontam para a causa determinante do incêndio como uma ação pessoal direta, caracterizada por uma ação intencional de atear fogo ou incendiarismo”. O documento reforça os primeiros posicionamentos emitidos pelas empresas Petro Ita e Cascatinha, que apontavam o ocorrido como ação criminosa.
Diante da constatação, Carla Rivetti, superintendente do Setranspetro, destaca a importância das investigações, para descobrir os envolvidos no ato criminoso, que destruiu completamente 78 ônibus, atacando e desestabilizando diretamente o Sistema de Transporte, responsável por prestar um serviço essencial à população.
“Nenhum ônibus possuía qualquer tipo de seguro, conforme muitos alegaram inicialmente. Foram perdidos veículos seminovos, adquiridos recentemente pelas empresas, no plano de renovação da frota. Além dos prejuízos milionários com o incêndio, que chegam a R$ 11,6 milhões para a Petro Ita e R$ 4,2 milhões para Cascatinha, a ação criminosa também colocou vidas em risco e ameaçou o emprego de dezenas de rodoviários”, disse.
Atuantes há quase três décadas em Petrópolis, a Petro Ita e Cascatinha, consternadas com o ocorrido, ressaltam que são as principais interessadas na apuração dos fatos. Inclusive, toda a diretoria das operadoras atingidas pelo incêndio segue à disposição das autoridades, para contribuir com qualquer informação que possa descobrir o culpado e a motivação do crime, até que as respectivas punições, criminais e financeiras, sejam aplicadas.
A preocupação com o ataque ao Sistema de Transporte, também despertou a atenção da empresa Cidade Real que, após notar a falta de iluminação pública nas imediações da garagem localizada no Independência, está solicitando por reparos emergenciais na região.
“Quatro postes estão sem iluminação pública, em frente à garagem da Cidade Real. As empresas estão inseguras, apesar do incêndio da Petro Ita e Cascatinha, desde o início, ter gerado desconfianças relacionadas a indícios criminosos. Sentimos que houve um ataque ao Sistema de Transporte e estamos solicitando ajuda às autoridades competentes, para preservar o serviço”, concluiu Carla Rivetti.
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